Entrevista com… Henrique Leitão

“Há uma história muito interessante para contar”

GCIC

Henrique Leitão é o vencedor do Prémio Pessoa 2014. “Filho da Faculdade de Ciências”, como se identifica, licenciou-se, tirou o mestrado e o doutoramento nesta Faculdade e foi também aqui que participou na criação do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia (CIUHCT), juntamente com a historiadora das ciências e agora coordenadora do CIUHCT, Ana Simões.

Diz que “há uma história muito interessante para contar”, sobre a Ciência Portuguesa. Na entrevista a seguir apresentada, fique a conhecer um pouco “dessa história”, a que o distingue.

Ciências – Como recebeu a notícia e o que significa para si este Prémio?
Henrique Leitão (HL) – Recebi a notícia com imensa surpresa. É uma grande alegria mas é uma enorme responsabilidade. Identifico aqui reconhecimento mas também incentivo. Este Prémio traz em si o incentivo de que é preciso continuar [a fazer] mais e melhor. Embora este Prémio tenha o meu nome, dedico-o e só o reconheço como sendo de um grupo de pessoas com quem trabalho, do meu centro de investigação e da Faculdade. Os investigadores com quem trabalhos são notáveis, de primeiro plano.

Ciências – Sendo doutorado em Física Teórica, como se debruça sobre a História da Ciência? O que o cativa nesta área e neste trabalho?
HL – Gosto muito de Física e fiz o curso aqui com grande alegria. Voltaria a fazer o mesmo, mas a certa altura comecei a interessar-me pelos aspetos históricos da ciência e depois foi um processo gradual e lento, tendo acabado por mudar o rumo para a História das Ciências. Percebi que tinha que estudar outras coisas, das humanidades, por exemplo. Por volta de 2002/2003 mudei-me e foi aí que com a professora Ana Simões criámos o Centro  de HIstória das Ciências da Universidade de Lisboa, que daria lugar uns anos mais tarde ao CIUHCT e um programa de mestrado e doutoramento.

Ciências – Que papel assume a Faculdade de Ciências no seu percurso, na sua carreira?
HL - É a minha casa. Tenho uma ligação afetiva muito grande a esta Faculdade. Reconheço que a História da Ciência numa Faculdade de Ciências obriga a um tratamento algo diferenciado e eu sempre tive, em todas as direções desta instituição, essa sensibilidade: a de perceber [o reconhecimento] dado a este assunto, [sob a] importância que podia ter para uma Faculdade de Ciências. Foi sempre reconhecido que estas Unidades tinham que ser tratadas com parâmetros próprios.

Ciências – Que mensagem deixaria para o futuro, sobre a História da Ciência?
HL – O que diria aos alunos é que é necessário fazer sempre um trabalho exigente e ambicioso. É muito importante que os alunos queiram fazer um trabalho científico com ambição e os professores têm que ajudar, mas o que se espera dos alunos é mudar coisas, fazer o que nunca foi feito, ver o que nunca foi visto. Isso é o que distingue uma grande universidade - se os alunos rapidamente percebem que isto é o que se espera deles, “fazer o novo”. [Nesta área] percorremos caminhos, métodos, épocas e assuntos que nunca foram estudados.

Ciências - Existe a necessidade de mostrar ao público aquilo que é feito, por exemplo através de exposições?
HL – Sim. Sempre me pareceu que é preciso fazer duas coisas: fazer trabalho académico do mais alto nível e com exigência [elevada] mas depois, contar ao público em geral os resultados da investigação. São duas tarefas diferentes e fundamentais.

Ciências - “Há uma história muito interessante para contar”, que história é essa?
HL -
Há uma história científica portuguesa muito interessante para contar e que tem de ser contada com grande nível académico e evitando os dois extremos errados - o de uma glória sem fundamento mas também o de um miserabilismo sem fundamento, que é o mais habitual. É preciso encontrar o discurso certo para contar, porque a história é suficientemente interessante para merecer a nossa atenção e essa história é importante porque tem a ver connosco. O olhar que temos sobre a nossa Ciência diz muito sobre como “nos achamos e nos pensamos”.

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura
info.ciencias@ciencias.ulisboa.pt
Primeiro plenário do IPBES

Grupo liderado por Henrique Miguel Pereira, investigador do Centro de Biologia Ambiental da FCUL, submete à apreciação da comunidade científica o desenvolvimento de um sistema de monitorização da biodiversidade baseado num conjunto de variáveis essenciais.

Rosto de Maria Antónia Amaral Turkman

“Ao longo dos últimos dois séculos a Estatística foi indispensável em confirmar muitas das maiores descobertas científicas e inovações da humanidade, tais como a partícula bosão de Higgs e a Revolução Verde na agricultura”, declaram Daniel Paulino, presidente da Sociedade Portuguesa de Estatística e Maria Antónia Amaral Turkman, coordenadora do CEAUL.

Dois artigos -- contando com docentes e investigadores do GeoFCUL no seu elenco de autores -- assinalados no “TOP 25 Hottest Papers” de Abril-Junho de 2011 da revista Journal of South American Earth Studies (Sciencedirect / Elsevier).

Henrique Leitão foi eleito membro efetivo da Académie International d'Histoire des Sciences, pela relevância da sua carreira e produção intelectual. Para o historiador das ciências foi uma “honra enorme” receber a distinção, “a maior ambição de qualquer estudioso ou cientista”.

Proposal for a REGULATION OF THE EUROPEAN PARLIAMENT AND OF THE COUNCIL.

Laying down the rules for the participation and dissemination in 'Horizon 2020 – the Framework Programme for Research and Innovation (2014-2020).

EUA represents over 850 universities and university associations across 47 European countries. Its highly diverse membership covers the full spectrum of universities participating in European research programmes.

Vai realizar-se de 18 a 20 de Março de 2013, em honra do Professor Ross Leadbetter, o "Symposium on Recent Advances in Extreme Value Theory ".

Face de Maria Amélia Martins-Loução

O Flora-On sistematiza informação fotográfica, geográfica, morfológica e ecológica de todas as espécies de plantas vasculares autóctones ou naturalizadas listadas para a flora de Portugal. Atualmente, através deste portal acede a 164 famílias, 836 géneros e 2991 espécies.

Cortejo académico na Aula Magna

A cerimónia de abertura do ano letivo de 2012/2013 marca uma nova etapa do ensino superior público.
Exegi monumentum aere perennius - Ergui um monumento mais duradouro que o bronze.
Da nova Universidade de Lisboa vê-se o mundo...

Crianças dos 5 aos 9 anos descobrem as Ciências na FCUL

A FCUL abriu as portas do conhecimento aos alunos do Colégio Infantes de Portugal, de Palmela. Durante uma manhã, os laboratórios de Biologia e de Química e Bioquímica foram explorados por cerca de 20 crianças com idades compreendidas entre os 5 e os 9 anos.

Encontra-se aberto concurso externo para o Banco de Portugal - Departamento de Supervisão Prudencial, com vista ao preenchimento de vagas de Técnico Superior para a área de supervisão

“A inovação é tipo ‘ovo de Colombo’, depois de se saber, parece fácil. Só que ‘saber’ significa um longo caminho de amadurecimento do conhecimento”, declara Maria Filomena Camões, docente do Departamento de Química e Bioquímica da FCUL, a propósito da atribuição da Bolsa Europeia de Excelência de Investigação.

A. M. Galopim de Carvalho num dos geoparques

O pioneiro da Geoconservação em Portugal sente-se agradado pelo reconhecimento dos mais de 20 anos de serviço em prol da preservação e salvaguarda dos geoparques, considerando o tributo um importante incentivo para a defesa territorial, para a promoção da geodiversidade e para o desenvolvimento sustentável baseado no património geológico.

Isaac Carrêlo e Rita Almeida, alunos do curso de Engenharia e Energia do Ambiente e Eva Barrocas, do curso de Biologia, viajaram até Cabo Verde para fazer parte da equipa Turtle Foundation. Durante um mês de experiências intensas, protegeram tartarugas e levaram os ensinamentos apreendidos na FCUL até à comunidade local.

Mapa

O Memorando de Entendimento celebrado com Portugal estabelece oito áreas programáticas para a respetiva alocação de verbas para 2009/2014. A abertura de concursos para Portugal deve acontecer ainda este ano.

Palestra por Jennifer de Jonge

Centro de Biotecnologia Vegetal/IBB

Evolução Tecnológica e o Cadastro Territorial Multifinalitário no Brasil

VicenTuna anima Sessão de Boas-vindas

Receber os novos alunos numa sessão de boas-vindas é uma das tradições da FCUL. Agora, o espírito da cerimónia pode ser conhecido pela voz dos profissionais e alunos que fizeram parte da última sessão, através de uma reportagem multimédia presente na página do YouTube da Faculdade, bem como na pasta de vídeos do Facebook.

Pormenor de obra de arte

Atualmente, o antigo aluno da FCUL é post-doc na Universidade Federal do Rio Grande - Fundação Universidade do Rio Grande, no Brasil, sendo responsável por projetos na área da Biologia Antártica – Biologia Polar.

Pages