São Tomé e Príncipe

“Investir nas pessoas”

“Investir nas pessoas”. Esta é a frase que, de acordo com Jorge Maia Alves, melhor define o projeto e a experiência “Escolas Solares em São Tomé e Príncipe”.

O trabalho, iniciado em fevereiro de 2012 e terminado a 31 de janeiro de 2013, foi desenvolvido pela ONG portuguesa  Tese - Engenheiros sem Fronteiras - , com a colaboração da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Por parte da Faculdade, o projeto foi levado a cabo pelos professores do Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia, Jorge Maia Alves, Miguel Centeno Brito, João Serra e, apenas na fase inicial, pelo aluno finalista do mestrado integrado em Engenharia da Energia e do Ambiente, João Arsénio.

O objetivo estabelecido passou pela instalação de iluminação solar nas escolas remotas nas ilhas de São Tomé e Príncipe a que, pela necessidade de qualificação dos recursos humanos verificada, se juntou a formação de profissionais para a manutenção dos sistemas instalados.

Através do trabalho desenvolvido, 63 salas de aula passaram a ser utilizadas para o desenvolvimento de cursos de alfabetização para adultos em regime pós-laboral.

O projeto acabou por ser apresentado na Conferência Europeia de Energia Solar Fotovoltaica, PVSEC 2013.

Fique a conhecer a intervenção dos professores da FCUL em São Tomé e Príncipe no vídeo e na entrevista a seguir apresentados.

Em que contexto surgiu esta oportunidade?

Jorge Maia Alves (JMA) - O interesse em participar e desenvolver projetos deste tipo existia já há algum tempo (…). O nosso contacto com a ONG TESE surgiu através de uma aluna nossa que conhecia pessoalmente um elemento da [organização] e nos pôs em contacto. A partir daí, fizemos uma primeira reunião com dois elementos da TESE, a Sara Dourado e o então coordenador, João Rabaça, e apercebemo-nos, de ambos os lados, que existia uma quase diria estranha sintonia no que se refere aos objetivos a atingir em ações deste tipo e também à melhor metodologia para as pôr em prática. Na sequência dessa reunião, a TESE, que tinha este projeto já aprovado, convidou-nos a participar e começámos a trabalhar.

Em que se traduziu o apoio dado pela FCUL?

JMA - A FCUL foi responsável por fazer o projeto dos sistemas a instalar, pela preparação de todos os conteúdos das ações de formação e dos manuais de utilização, que foram deixados no terreno. As próprias ações de formação foram também da responsabilidade de Faculdade.

Qual a realidade encontrada ao chegar a estas escolas?

JMA - As escolas primárias estão quase sempre instaladas em edifícios muito antigos do tempo colonial cujo estado de conservação é o possível, tendo em atenção o grau de isolamento das povoações onde se inserem. Em geral, nota-se que há nas populações uma preocupação evidente em preservar estes espaços que consideram muito importantes. Acresce que os professores têm também uma relação de grande proximidade com as populações, e uma dedicação muito grande às “suas” escolas. Outra coisa que se nota, é que as crianças são naturalmente alegres e manifestamente cooperantes com o processo de ensino. Mas é claro que os meios são realmente exíguos, e a realidade exterior adjacente à escola não é um fator de estímulo, até pela manifesta falta de condições propícias ao estudo. Esta realidade parece alterar-se fortemente no que toca ao ensino secundário, pelo menos na única escola deste tipo, situada na capital, onde fomos fazer uma palestra sobre energias renováveis, onde as condições parecem ser bastante melhores.
 


"As escolas primárias estão quase sempre instaladas em edifícios muito antigos do tempo colonial cujo estado de conservação é o possível, tendo em atenção o grau de isolamento das povoações onde se inserem", esclareceu Jorge Maia Alves
Fonte  Tese

Como foi recebido o projeto pela comunidade?

JMA - As populações locais, incluindo os professores, tinham desde o início uma consciência clara de que com este projeto iriam finalmente ter a possibilidade de fazer alfabetização de adultos em regime pós-laboral, o único regime que se adequava às necessidades. Como havia de facto o desejo de fazer esse tipo de formação, o projeto foi muito bem recebido, ainda que com alguma desconfiança inicial: em São Tomé ninguém acreditava realmente que fosse possível ter sistemas solares a funcionar. Esta desconfiança percebia-se facilmente, mesmo entre as elites locais e baseava-se numa espécie de crença que também existe em muitos outros pontos do mundo, a de que quando há nuvens (e em São Tomé há muitas!) estes sistemas não produzem energia. O bom funcionamento dos sistemas que foram sendo montados deu uma contribuição muito relevante para que essa desconfiança fosse desaparecendo.

O interesse pelo projeto aumentou ainda quando se percebeu que os alunos regulares, as crianças portanto, iriam também beneficiar dele. Durante as grandes chuvadas típicas daquelas regiões as janelas das escolas têm que ser fechadas porque de outra forma as salas ficam completamente inundadas. Acontece que as escolas não têm janelas com vidraça, o que significa que fechar as janelas, que são de madeira, equivale a não ter luz nas salas. Antes da instalação destes sistemas, as aulas tinham que ser suspensas nesses dias, o que deixou de acontecer.

Que dificuldades foram sentidas?

JMA - Há sempre muitas dificuldades logísticas neste tipo de projetos. O transporte de todos os equipamentos para os locais onde se pretende fazer as intervenções ou a falta de acesso nesses mesmos locais a coisas que consideramos banais no nosso dia a dia aqui na Europa para resolver pequenos problemas técnicos, são apenas exemplos de pontos críticos que podem, em algumas situações, comprometer seriamente a execução de qualquer projeto.

Houve alguma situação caricata que queira partilhar connosco?

JMA - Há sempre muitas situações engraçadas neste tipo de projetos. Lembro-me em particular de uma que além de engraçada me fez pensar bastante. Durante uma instalação que fizemos numa escola, uma mulher da aldeia esteve sempre sentada na soleira de uma porta com um ar muito interessado a ver tudo o que fazíamos. Quando já estávamos perto do fim da instalação, depois de ver as lâmpadas a acender, virou-se para o meu colega Miguel Brito e disse-lhe: “Arranja-me um rádio!”. Na altura limitei-me a achar graça ao pedido, mas quando voltávamos para a cidade, já depois da instalação acabada, pensei que efetivamente é fácil não sermos capazes de compreender a verdadeira importância de coisas simples que, por causa do nosso modo de vida, damos automaticamente por adquiridas. Só depois de alertados para o assunto se torna evidente que, por exemplo neste caso, para quem está numa aldeia isolada de uma ilha como São Tomé, a simples possibilidade de estar em contacto com o mundo através de um rádio pode fazer toda a diferença, porque significa acesso a notícias, a música, etc. Tomar consciência da existência destas necessidades e poder contribuir para satisfazer algumas delas é um privilégio que temos quando participamos neste tipo de projetos.

Qual a importância de contribuir para o aparecimento de um mercado local na área da energia solar fotovoltaica?

JMA - Julgo que é uma das coisas que faz a diferença no caso deste projeto. A criação desse mercado poderá vir a contribuir para uma mudança importante na qualidade de vida das pessoas de várias formas. Primeiro, porque poderá criar negócios geridos localmente e, portanto, riqueza e emprego diretamente relacionados com o fornecimento de energia que beneficiará diretamente a população local. Depois, porque permite o simples acesso das populações a um conjunto de atividades anteriormente inacessíveis. É difícil de conceber para nós, por exemplo, que alguém tenha que se deslocar cinco ou dez quilómetros para carregar um telemóvel, do qual depende fortemente para negociar os produtos que produz. No entanto, é mesmo isso que acontece em muitos sítios no mundo! Numa época onde assistimos a uma diminuição dramática do custo dos painéis fotovoltaicos o impacto deste mercado na vida das pessoas em locais remotos é imenso.
 


"A criação desse mercado poderá vir a contribuir para uma mudança importante na qualidade de vida das pessoas de várias formas", explicou o professora do DEGGE-FCUL
Fonte Tese

Que contributo consideram ter dado à vida deste povo?

JMA - Para além do mais direto, a possibilidades de realização de alfabetização de adultos em todas as escolas das duas ilhas, que por si só já me parece importante, os contributos que considero mais relevantes foi o de termos sido capazes de deixar no local conhecimento e saber-fazer, e também o facto de o bom funcionamento dos sistemas que foram instalados ter mudado a forma local de olhar para a energia solar. Neste tipo de projetos, o mais importante são sempre as sementes que ficam através do investimento que é feito nas pessoas. A nossa intervenção é sempre muito limitada no tempo e, portanto, se no final não tivermos sido capazes de deixar essas sementes e de criar condições mínimas para que elas se desenvolvam, tudo vai acabar por desaparecer e teremos apenas perdido tempo aliviando temporariamente a nossa própria consciência.

Ensinaram. E o que vos ensinaram eles?

JMA - Penso que o mais importante foi a demonstração clara de um enorme interesse relativamente a estes sistemas e vontade de aprender. Mesmo em situações de extrema adversidade como, por exemplo, quando se estava a tentar fixar um painel solar no telhado de um edifício debaixo de chuvadas monumentais, a vontade de acabar as instalações foi completamente genuína e imparável. O projeto foi agarrado pelos formandos com grande entusiasmo, ao ponto de alguns deles nos terem pedido para fazer uma formação na área de projeto de pequenos sistemas solares fotovoltaicos, que não estava prevista inicialmente no projeto. Se não fosse essa atitude da parte deles nunca se teria chegado ao ponto de assistir ao aparecimento de uma pequena companhia local dedicada à comercialização deste tipo de sistemas no final, como veio a acontecer. Ficou para mim ainda mais marcada a convicção de que neste tipo de projetos o que realmente importa é o envolvimento da população local. É claro que do ponto de vista técnico os [trabalhos] têm que ser bem feitos, nem outra coisa é concebível mas, no fim, o impacto depende criticamente dos atores locais. Sem o seu envolvimento ativo nada irá perdurar no tempo.

Outros projetos futuros, com o mesmo cariz, já estão definidos?

JMA - Quando se entra nesta linha de trabalho é difícil parar! Estamos neste momento numa fase de programar e procurar financiamento para um projeto com o qual se pretende desenvolver pontos de comercialização de serviços de energia elétrica (como carregamento de telemóveis, de lanternas solares, etc.) em comunidades sem acesso a esse tipo de serviços. Mais uma vez, São Tomé é um alvo interessante para este tipo de ação, até porque, de alguma forma, ela permitiria contribuir para a consolidação do tal mercado que surgiu. Não é fácil obter esses financiamentos porque vivemos num mundo pouco acordado para estas realidades mas acredito que lá chegaremos.

Raquel Salgueira Póvoas, Gabinete de Comunicação, Imagem e Cultura da FCUL
info.ciencias@fc.ul.pt

A Ciências ULisboa foi palco do mais recente workshop da International Atomic Energy Agency (IAEA). O “Regional Workshop on Nuclear and Radiation Education - Strategies and Approaches to Enhance Capacity Building in Nuclear Education and Training” realizou-se entre os dias 4 e 7 de dezembro e contou com a presença de 37 representantes de 25 países europeus e asiáticos, assim como de especialistas internacionais e delegados da IAEA.

Ricardo Trigo e membros da ULisboa e CGD

Ricardo Trigo é professor no Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigador no Instituto Dom Luiz, no RG1 – Climate change, atmosphere-land-ocean processes and extremes. Este ano foi distinguido, pela segunda vez, pela ULisboa e Caixa Geral da Depósitos (CGD) com um prémio científico, na área das Ciências da Terra e Geofísica. O primeiro prémio científico atribuído pela ULisboa e pela CGD ao cientista ocorreu em 2017. Leia a entrevista com o cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

salão nobre da Reitoria da ULisboa

Na edição de 2023 dos Prémios Científicos ULisboa / Caixa Geral de Depósitos (CGD) foram atribuídos 20 prémios e 20 menções honrosas a professores e investigadores da Universidade. Os cientistas da Ciências ULisboa alvo desta distinção foram Alysson Bessani, Ricardo Trigo e Vladimir Konotop, com prémios no valor de 6.500€; e Carla Silva, Jaime Coelho, José P. Granadeiro e Rita Margarida Tavares, com menções honrosas.

Vladimir Konotop e membros da ULisboa e da CGD

Vladimir Konotop é professor no Departamento de Física e investigador no Centro de Física Teórica e computacional da Ciências ULisboa. Este ano foi distinguido pela segunda vez, pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com um prémio científico, na área de Física e Materiais. O primeiro prémio científico atribuído pela ULisboa e pela CGD ao cientista ocorreu em 2017. Leia a entrevista com o cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Alysson Bessani e membros da ULisboa e CGD

Alysson Bessani é professor no Departamento de Informática e investigador no LASIGE Computer Science and Engineering Research Centre da Ciências ULisboa. Este ano foi distinguido pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com um prémio científico, na área das Ciências da Computação e Engenharia Informática. Leia a entrevista com o cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Luís Carriço e memebros da ULisboa e CGD

José P. Granadeiro é professor no Departamento de Biologia Animal e investigador no grupo de investigação Biologia da Adaptação e Processos Ecológicos do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM). Este ano foi distinguido pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com uma menção honrosa, na área de Biologia, Engenharia Biológica, Bioquímica e Biotecnologia. Leia a entrevista com o cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Imagem gráfica da rubrica com fotografia de André Rodrigues

A crónica da autoria da Comissão de Imagem do Departamento de Informática da Ciências ULisboa visa realçar a investigação feita pelos docentes e investigadores deste departamento. A primeira dá a conhecer André Rodrigues.

Carla Silva com membros da ULisboa e da CGD

Carla Silva é professora no Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigadora no Instituto Dom Luiz, no RG5 – Energy Transition. Este ano foi distinguida pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos com uma menção honrosa, na área de Engenharia do Ambiente e Energia. Leia a entrevista com a cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

Rita Margarida Cardoso e membros da ULisboa e CGD

Rita Margarida Cardoso é investigadora no Departamento de Engenharia Geográfica, Geofísica e Energia e investigadora no Instituto Dom Luiz (IDL), no RG1 – Climate change, atmosphere-land-ocean processes and extremes. Este ano foi distinguido pela ULisboa e pela Caixa Geral da Depósitos (CGD) com uma menção honrosa, na área das Ciências da Terra e Geofísica. Leia a entrevista com a cientista e saiba o que pensa sobre esta distinção e em que consiste a sua investigação.

José Ricardo Paula

José Ricardo Paula, investigador auxiliar júnior no Departamento de Biologia Animal da Ciências ULisboa e no Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), é o vencedor da 4.ª edição do FLAD Science Award Atlantic, atribuído pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD). De acordo com o comunicado de imprensa emitido pela FLAD, “José Ricardo Paula irá receber 300 mil euros de financiamento, em três anos, para desenvolver uma ideia inovadora, nomeadamente, o projeto ‘ATLANTICDIVERSA’, que pretende contribuir para compreender o papel dos mutualismos de limpeza na conservação da Biodiversidade do Atlântico, com recurso a tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial”.

Movimento de partículas ativas em meios desordenados

Sabia que quando um conjunto de robots ou bactérias se move num espaço onde há vários objetos livres, esses robots ou bactérias desviam esses objetos para poderem passar? Um grupo de investigadores da Ciências ULisboa e das universidades de College of London (Reino Unido) e de Gothenburg (Suécia) conseguiu mostrar que o rasto deixado por esse movimento contribui para a formação de grupos, funcionando como um mecanismo efetivo de comunicação entre eles.

Fotografia de Catarina Frazão Santos

Catarina Frazão Santos, investigadora no DBA Ciências ULisboa e no MARE, em entrevista ao canal YouTube da Faculdade, a propósito da distinção do ERC, com uma bolsa de arranque, no valor de quase 1,5 milhões de euros, dá a conhecer a sua pessoa, os objetivos e expetativas do projeto PLAnT, refletindo também sobre o contributo da Faculdade para o seu percurso profissional e a importância da sua área de investigação.

Identidade gráfica do café ciências da exposição cem medidas

“Cem Meias Medidas: desenhos e gravuras de Inez Wijnhorst” está patente ao público na Galeria Ciências até fevereiro de 2024. O curador da exposição - Pedro  Freitas - escreve uma crónica sobre esta mostra inaugurada a 21 de novembro. A 12 de dezembro, pelas 17h00, na Galeria Ciências, o curador e a autora participam numa mesa-redonda, que conta ainda com a participação do cientista Henrique Leitão. Os três pretendem explorar a exposição através dos seguintes pontos de vista: o da criação e da intenção dos desenhos, o do seu conteúdo matemático e físico, e o das suas eventuais interações com a história da ciência.

Conceção artística de um buraco negro

Num artigo publicado na revista científica Astronomy & Astrophysics, uma equipa internacional liderada por Rodrigo Carvajal, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço e da Ciências ULisboa, e que inclui dez investigadores do IA, apresenta um método de aprendizagem automática (machine learning) que reconhece galáxias superluminosas no início do Universo.

Ignacio Schoendorff, diretor geral da Gilead, Perpétua Gomes, da Comissão de Avaliação dos Projetos de Investigação em Virologia, Margarida Gama Carvalho e a sua equipa

O projeto de investigação miThic-eSwitch na área da Virologia – Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Adquirida/ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, coordenado por Margarida Gama Carvalho, professora do DQB e líder de um dos grupos do BioISI, foi um dos vencedores da 9.ª edição do Programa Gilead GÉNESE, com um prémio no valor de 34 mil euros.

Fotografia de António M. Vallêra

“Neste ensaio analiso a descarbonização simultânea dos transportes terrestres e do sistema elétrico, tomando Portugal como um caso de estudo, e comparo os resultados de vários modelos possíveis para esta transição”, diz António M. Vallêra, autor do livro “The Transition”.

Carlos Marques da Silva à frente do globo do C6

O estudo coordenado por Carlos Marques da Silva, professor do Departamento de Geologia da Ciências ULisboa e investigador do Instituto Dom Luiz (IDL), venceu a 2.ª edição do Prémio Paleontologia e Estratigrafia de Portugal, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Paleontologia (SPdP) e pela empresa Chronosurveys.

Exemplo de linhas de costa derivadas da ferramenta CASSIE

Daniel Pais, estudante de doutoramento em Geologia na Ciências ULisboa, é um dos autores do  artigo - “Benchmarking satellite-derived shoreline mapping algorithms” - publicado na Communications Earth & Environment, e que apresenta uma avaliação inédita da precisão na deteção da linha de costa, através de imagens satélites disponíveis ao público.

Representantes do Tec Labs e das suas startups e spin-offs posam para fotografia

O Tec Labs esteve no LISPOLIS a celebrar os resultados da call INNOV-ID, promovida pela Agência Nacional de Inovação e pela Portugal Ventures e que financiou nos últimos três anos, com mais de 5,5 milhões de euros, mais de 55 projetos inovadores e startups nascidos no ecossistema científico e tecnológico português. Nesta terceira call, como ignition partner da Portugal Ventures, o Tec Labs conseguiu ajudar duas startups do seu ecossistema  - a Generosa e a KeepIT - garantindo um investimento de 100 mil euros cada.

várias pessoas sentadas em volta de uma mesa

No dia 6 de novembro, o MARE ULisboa recebeu nas suas instalações Tibor Králik, embaixador da Eslováquia em Portugal, numa reunião preparatória da visita de estado a Portugal da presidente daquele país, Zuzana Čaputová, agendada para os dias 5 e 6 de dezembro.

Zita numa sala com livros

"Portugal é mais mar que terra”, diz a professora cientista - Maria José Costa – bióloga marinha, nesta curta entrevista a propósito do Grande Prémio Ciência Viva 2023, que lhe é atribuído, pela sua colaboração na disseminação da cultura científica nas áreas da biodiversidade marinha, ambiente e literacia do oceano.

Alan Phillips, investigador no Departamento de Biologia Vegetal da Ciências ULisboa e no Laboratório de Genómica e Microbiologia Translacional, no Instituto de Biossistemas e Ciências Integrativas (BioISI), foi novamente distinguido na lista de investigadores altamente citados de 2023 da Clarivate Analytics, na categoria de Ciência Vegetal e Animal. O investigador Alan Philips desenvolve trabalho na área da Microbiologia e foi, este ano, reconhecido pela 6ª vez consecutiva pela Clarivate como um dos investigadores mais citados a nível mundial.

Atribuição dos prémios BfK

"Em Ciências ULisboa decidimos candidatar à edição deste ano do BfK o projeto “Block-Based Accessible Tangible System” desenvolvido por Filipa Rocha, estudante de doutoramento em Informática no LASIGE Ciências ULisboa e participante no Impact Program do nosso ScienceIN2Business. A ideia do projeto é tornar a aprendizagem digital mais acessível às crianças com dificuldades visuais". Leia a crónica do Tec Labs sobre o assunto.

Einstein com estudantes da Lincoln University

"Ao longo destas décadas, a presença da Filosofia da Ciência tem sido enriquecedora no trajeto de muitos nesta Faculdade e um elemento diferenciador relativamente a outras escolas", escreve João L. Cordovil, coordenador científico do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa.

Foto de grupo com delegação chinesa e representantes da Ciências ULisboa

A 10 de novembro a ULisboa recebeu a visita de uma delegação chinesa de altos dignitários, professores, investigadores e estudantes de doutoramento, durante a qual foi renovado o protocolo entre a ULisboa e a Universidade de Xangai. Após uma sessão de abertura na reitoria da Universidade, a delegação visitou Ciências ULisboa e o Instituto Superior Técnico.

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